O primeiro grande evento na qual os GMs estarão equipados com a nova tecnologia é a 31ª Festa da Uva, que ocorre nos dias 30 e 31 de janeiro; e 1, 2, 7, 8, 9, 14, 15 e 16 de fevereiro, no Parque Comendador Antônio Carbonari, o Parque da Uva.
Ferraz frisa uso na prevenção primária
Atualmente, a cidade tem 10 armas Spark. Outras 10 já foram adquiridas e aguardam a entrega do fabricante. Mais 40 delas devem chegar até o final do primeiro semestre, por meio do programa ‘Crack é Possível Vencer’, do Governo Federal.
De acordo com o comandante da GM, José Roberto Ferraz, além de grandes eventos, os equipamentos serão usados ainda em próprios municipais e locais fechados, já que, segundo o Estatuto do Desarmamento, dentro desses ambientes não se pode usar equipamento letal.
“O patrulhamento comunitário é uma orientação desse governo. Aliada a isso, atendemos a orientação da Secretaria Nacional de Segurança Pública para que as forças policiais atuem com o uso progressivo da força.”
Ele frisa que esse treinamento é apenas o começo. “É uma tendência que o GM se recicle e aprenda cada vez mais. Esses cursos nos abrem um leque de possibilidades. A proposta é dar o treinamento da Spark para todos os guardas. Além disso, pretendemos seguir capacitando os GMs da região.”
Segundo ele, outras corporações já entraram em contato pedindo o treinamento. “Vamos atender a demanda dentro das nossas possibilidades.”
Sobre a escolha da Spark, o comandante destaca que esse arma distingue a GM com relação à competência da GM na Segurança Pública. “Realizamos a prevenção primária. Essa é uma concepção inovadora. É uma arma para inibir o indivíduo e não eliminá-lo.”
Arma não letal: Alunos aprovam capacitação da GM Jundiaí.
Quem participou da capacitação aprovou. “O curso foi muito completo. Eu não tinha nenhuma noção do manuseio do equipamento. Assimilamos bem o conteúdo”, destacou subsinpetor Paulo Henrique Munhoz, da GM Jundiaí. Para ele, o fato de ter passado pela experiência do choque faz toda a diferença. “Isso faz com que tenhamos mais cautela para o uso.
Guardas e jornalistas participaram da capacitação
Já o inspetor Sandro Donizete Vilas Boas, da GM Jundiaí, ressaltou que o cotidiano dos guardas ganha um importante aliado. “É uma tecnologia não letal que pode ser aplicada a situações específicas. A população de Jundiaí também ganha com isso, pois significa mais segurança.”
Subinspetor Munhoz aprovou conteúdo
Na região, os guardas já fazem planos. “Em Jarinu a GM está sendo formada agora. Em breve, ganharemos 15 pessoas. E, por enquanto, não temos autorização para uso de arma letal. Empregaremos a tecnologia da Spark para ajudar no dia a dia”, disse o subcomandante Renato Marchesin Mansano, ressaltando que a corporação em breve vai adquirir o equipamento.
A arma
A Spark DSK700 funciona com frequência de alta voltagem e frequência de baixa amperagem. A arma é fabricada no Brasil e, diferentemente de concorrentes internacionais, funciona com 40% menos de energia, garantindo mais segurança na incapacitação do indivíduo. A compra só pode ser feita com autorização do Exército.
Há pontos preferenciais para o contato: peitoral e parte superior das costas; lado esquerdo e direito do abdome, nádegas, coxas e pernas acima dos joelhos, braço e antebraço. Entre as áreas a serem evitadas, estão a cabeça, garganta, coluna cervical, virilha, seios e pescoço.
Guarda Municipal forma região para uso de arma não letal.
Na pele. Foi assim que os efeitos da Spark, uma arma de eletrochoque, foram sentidos por guardas municipais de Jundiaí e municípios da Aglomeração Urbana (AUJ). O curso para manuseio do equipamento foi ministrado pela Guarda Municipal de Jundiaí nos dias 21, 22 e 23 de janeiro. A partir de agora, 10 GMs da cidade estão habilitados a usar a arma não letal.
A arma foi testada pelos GMs de Jundiaí e região
Além dos guardas do município, o curso formou dois GMs de Itupeva (município que já tem o equipamento), como operadores; e outros 13, apenas como ouvintes, de cidades que ainda não têm a arma, como Campo Limpo, Jarinu, Cabreúva e Várzea Paulista. As aulas, cada uma com 4 horas, também contaram com a participação de três jornalistas da imprensa local.
Com informações e instruções do inspetor e coordenador operacional da GM de Jundiaí, Cláudio Ferigato, os guardas aprenderam legislações, manuseio correto e seguro da arma, quais as circunstâncias de uso e conservação do equipamento.
Depois de todos esses estudos, a parte prática foi intensa. Todos aprenderam desde colocar as baterias na arma, trocá-las, colocar o cartucho (cuja ‘munição’ são dois dardos), como ejetá-lo, como deixar o dispositivo inoperante, entre outros itens. Além disso, os GMs manusearam o equipamento com o cartucho e sem ele. E atiraram em um alvo, para visualizar a chegada dos dardos no corpo humano e a corrente de energia.
Guardas passaram pela experiência que testou a potência da Spark
Com apoio de médico e enfermeira da equipe da Coordenação de Eventos de Saúde, da Prefeitura de Jundiaí, todos os participantes do curso passaram por uma consulta, na qual pressão arterial e batimentos cardíacos foram avaliados para o capítulo do curso que deixou todos, inclusive a jornalista que aqui escreve, ansiosos. Por pressão alta e uso de medicamentos controlados, alguns não puderam ser alvejados pela Spark e sentir a intensidade do choque.
Outros foram vetados para não correr riscos. E quem participou do choque, como eu, sentiu o baque. A sensação é de incapacidade. O choque impulsiona o corpo para a frente e deixa quem é atingido sem reação. A queda é inevitável, o que vai facilitar, e muito, o trabalho dos GMs nas ruas, em ocorrências que exigem a contenção de algum indivíduo.
O motivo de os guardas sentirem o impacto da arma foi um só: pensar duas vezes antes de usá-la em ocorrências. “O uso não pode ser banalizado. A arma deve ser usada com critério. O emprego dela só deve ser feito em situações com o nível de ameaça elevada, que requeiram o uso proporcional da força”, frisou Ferigato.
Controle
De acordo com ele, na escala de uso de armas não letais, a Spark vem por último, e está apenas a um estágio do uso de força letal. Nessa escala, antecedem o uso da arma o comando verbal para negociação, uso de irritantes como pimenta e lacrimogêneo, aplicação de som, luz e fumaça; e só depois o impacto do choque.
O uso dessa arma não será indiscriminado, ressalta o inspetor. A Spark tem um dispositivo que interrompe o choque. E, caso o GM não o acione, o choque dura no máximo até 5 segundos. Quando sai da arma, a descarga é de 50 mil volts. No entanto, quando chega à pessoa atinge de 3 a 5 mil volts. “Toda tecnologia não letal não é 100% garantida. Há consequências no uso e por isso seremos muito rigorosos.” Segundo ele, o equipamento possui uma memória, que armazena o histórico dos últimos 1 mil choques: quando foram dados, horário e tempo de disparo. “Isso poderá nos ajudar nos casos de abuso no uso da arma.”
A Spark poderá ser usada em ocorrências que envolvam, no mínimo, três guardas. “O objetivo é a preservação da vida, por isso a GM opta pelo uso dessa tecnologia, como o máximo de cuidado.
FONTE http://www2.jundiai.sp.gov.br/tag/guarda-municipal/
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