Secretaria de Segurança também vai investigar descumprimento de turno
ANGELO MILOCH - SUMARÉ
Arquivo | TodoDia Imagem
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Guarda Civil Municipal de Sumaré: investigada pela Secretaria de Segurança
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A Secretária de Segurança de Sumaré vai investigar suposta cobrança de propina a bandidos e descumprimentos de turno praticados por agentes da GCM (Guarda Civil Municipal). Uma denúncia feita à reportagem do TodoDia apontou que, além da cobrança de “pedágio”, a escala de trabalho não obedecida é a dos turnos da noite, e que guardas deixam os postos para ir tomar cerveja.
Além da falta de controle nas escalas, o denunciante, um guarda que disse atuar na GCM há 15 anos e pediu para não ser identificado, relatou que os agentes são orientados a não atender ocorrências à noite.
“O pedido vem da própria chefia, que pede para o controle não passar os chamados”. “A Guarda não tem controle. Está um bagunça. Eles (os agentes) só querem saber de dinheiro. O secretário e a prefeita sabem disso, mas, não sei porque não fazem nada”, acrescentou.
“Eles só querem dinheiro”, relatou o denunciante, sobre a cobrança de propina. Essa denúncia causou espanto ao secretário de Segurança da Prefeitura de Sumaré, Luiz Carlos Piazentin. “Ah! Eles devem estar pegando grana. Vamos investigar e, caso comprovadas as denúncias, abriremos processo administrativo que pode resultar, inclusive, em demissão por justa causa”, concluiu.
Piazentin, que também responde pelo comando da GCM, se mostrou indignado com os relatos do agente. “Já a partir de hoje (anteontem), vou pedir para a Corregedoria investigar isso”. Sobre a acusação de ser conivente com a suposta situação, Piazentin disse que atua para evitá-las. “A prefeita também não sabe, pois, se algo irregular for constatado, eu mesmo levarei a ela”, explicou. Ele também ressaltou que desconhece que os guardas estejam recusando chamado.
Francisco Gomes da Silva, inspetor da GCM, atua no departamento administrativo da Guarda, e diz desconhecer tal prática. “Cada turno tem um inspetor, que passa com uma escala para os agentes assinarem na entrada e saída do turno”, explicou. No entanto, Gomes não descartou a possibilidade de que as acusações procedam. “Pode haver divergências entre inspetor e agente. Se isso estiver ocorrendo, será investigado”.
Por meio de nota, o Gabinete da prefeita Cristina Carrara (PSDB) informou desconhecer os fatos denunciados à reportagem. O texto completa que a prefeitura só deverá ser manifestar após conhecer os detalhes da denúncia.
Para Mônica França Mendon, secretária geral do Sindicato dos Servidores de Sumaré, o anonimato do denunciante impede a apuração. “Nós (sindicato) só vamos investigar quando chegar um documento especificando as irregularidades e dando nomes. Quem garante que não é um guarda político querendo se promover?”, questionou. França aposta na conduta dos servidores. “Até que me provem o contrário, os servidores não são bandidos”.
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